O meu dia das mães!

"Quem é como o Senhor, o nosso Deus,
que reina em seu trono nas alturas,

Dá um lar à estéril, e dela faz uma feliz mãe 

de filhos. Aleluia!"

Salmos 113.5,9

Mais um um dia das mães, essa que é a data comemorativa talvez mais lembrada pela população do nosso país.

Sempre fora na minha infância e adolescência uma data comum, sem muito valor pessoal, apesar da mãe excelente que o Senhor nos entregou (talvez até por isso mesmo).

Mas quando eu estava com 17 anos minha mãe faleceu, após uma sofrida luta contra um câncer.

Num breve intervalo de tempo, engravido e passo de órfã para mãe de primeira viagem.

Tão jovem e em meio aos projetos de vida, uma gravidez gemelar será a forma de Deus chamar minha atenção com mais veemência para Sua existência.

Uma moça meio depressiva (com um luto ainda não resolvido dentro de si), sem um lar e família (porque vivia em pensionatos), pesando quase 45kg (bem magra devido aos problemas alimentares oriundos do psicológico abalado) e fumante (para piorar!) engravida de gêmeos bivitelinos:  começa o transformar de uma história!

Essa gravidez, apesar do estranhamento tanto familiar quanto da sociedade em geral, foi muito bem aceita, porém de risco e com algumas dificuldades.

Nascem então, aos 7 meses da gestaçao, Egon e Sofia, com complicações fisícas, mal formação de órgãos e baixo peso e por isso precisam de leitos de UTI.

Resumindo essa parte da história: Sofia, que nasceu maior, com melhor peso e menos chances de morte, acaba falecendo.

Uma dor e um sofrimento inexplicáveis! Nenhum grito de choro seria suficiente para demonstrar!

Enquanto velamos o corpinho da bela e pequena Sofia, minha sogra vai com o gêmeo Egon na UTI móvel para Cuiabá, cidade a mais de 300km da que residimos.

Nesse momento de dor, medo, dúvidas e revolta contra o universo, se manifestará para mim o Caminho, a Verdade e a Vida.

Ao chegar em Cuiabá para também acompanhar o pequeno Egon na sua luta pela vida, fiz uma prova no mais íntimo e secreto do meu ser para Aquele que um dia eu ouvi falar que era O Todo-Poderoso.

Os médicos não nos davam nenhuma expectativa de vitória e enquanto outros bebês na condição semelhante morriam, me disseram para com calma esperar meses até a possível recuperação do Egon. Mas minha alma não queria se conformar em perder mais um filho, já bastasse a minha mãe e minha filhinha, e então, falei com o Deus da minha avó ( que nunca conheci, mas grandes eram os testemunhos), que se Ele fizesse algo em meu favor sobre o bebê não ficar com sequelas irreversíveis e em pouco tempo, eu faria o voto de adorá-Lo todos os dias enquanto eu vivesse nessa terra.

E sabe o que aconteceu?

O Deus que é dono do tempo e muda até as estações e os reis, curou aquela criança e em 15 dias voltei para casa com o filhinho nos braços.

Deus é fiel!

Mas eu não fui para com Ele!

E após alguns anos sofrendo o peso do mundo e cheirando o hálito da morte novamente (agora em mim mesma), me rendi ao Senhor.

Hoje o pequeno Egon está com quase 14 anos (semana q vem tem festinha de aniversário para aquele que quase morreu), e é um moço calmo, tranquilo e feliz, bonito e bem desenvolvido fisicamente, super saudável e temente a Deus.

Hoje sou casada com o pai dos gêmeos e para aquela que era triste e solitária, o Senhor multiplicou a herança restituindo uma filha, a pequena Alice (meiga e delicada) hoje com 3 aninhos,  e ainda o  caçulinha Isaac (forte e enérgico) filho da promessa conforme as Escrituras, com 2 aninhos hoje!

Somos uma família numerosa, barulhenta e feliz por saber que, com Deus até a tristeza salta de alegria, que Ele é o Deus da vida e que não há impossível para quem crê!

O Senhor é bom!!!

Um Feliz Dia das Mães a todas as mães de sangue, de coração, de criação, ou mesmo, mães de fé, no âmbito espiritual/ministerial!

"Assim como uma mãe consola seu filho,
também eu os consolarei;
em Jerusalém vocês serão consolados".

Isaías 66.13

E a paz do Senhor a todos!